CHARRUA
O desenvolvimento através das conquistas.
Charrua, palavra originária do Tupi-Guarani, significa "instrumento de trabalho". Pois a localidade chamada de "Charrua" é hoje um município emancipado política e economicamente, composto por terras férteis, com parte própria para mecanização de lavouras e parte montanhosa destinada a reflorestamento e criação de gado.
Também a produção leiteira e a fruticultura são bem desenvolvidas na região.
A população é predominantemente de origem italiana e alemã. A cidade fica a 25 Km distante de Sananduva e possui a mesma distância de Getúlio Vargas. Distante 13 Km do município de origem, Tapejara. Localiza-se ali, também, uma área indígena bastante populosa e autônoma.
Hoje, Charrua conta com uma estrutura básica, com um salão comunitário, Igrejas, escolas municipais, ginásio municipal, rodoviária, escolas de 2º grau, além de áreas de lazer e recreação. A partir de sua emancipação, a comunidade de Charrua busca, cada vez mais, aprimorar o seu desenvolvimento nos planos habitacional e econômico.
Charrua - Cidade Alta
Charrua - Cidade Baixa
HISTÓRICO
Após a Revolução Federalista de 1893 e o Tráfego Ferroviário iniciou-se a colonização no RS. Os primeiros imigrantes a chegarem ao estado foram os alemães, estabelecendo-se próximo aos Rios do Sinos, Caí e Taquari. Logo após chegaram os italianos e se estabeleceram no Planalto Rio- Grandense. Com o aumento da densidade demográfica de tais regiões os imigrantes foram obrigados a buscar novos locais para morar.
Chegando na localidade no dia 7 de setembro dando assim o nome desta ao município. Inicialmente a Vila Sete de Setembro foi distrito de Passo Fundo, após de Getúlio Vargas, na década de 50 passou a ser distrito do Município de Tapejara.
Tendo em vista a habitação indígena na região, estes descendentes da tribo Caingangues, mudou o nome de Vila Sete De Setembro para Charrua que significa Arado. Com o crescimento da economia do município, surge a necessidade de uma luta pela emancipação política administrativa. Diante deste fato forma-se a Comissão Pró-Emancipação de Charrua. Esta Comissão foi apoiada pela Assembléia Legislativa.
O plebiscito emancipatório ocorreu no dia 10 de novembro de 1991 com vitória à emancipação sendo que em 20 de março de 1992 o Governador do Estado Alceu de Deus Collares assinou a lei nº 9617, a qual criou o município de Charrua. Foi instalada a administração no município, no dia 1º de janeiro de 1993.
O município atualmente conta com aproximadamente 3722 habitantes dos quais grande parte são indígenas. Localizado na Região do Planalto Rio Grandense pertencendo a Micro Região de Erechim, essencialmente agrícola faz limite com os municípios de:
Norte: Floriano Peixoto
Sul: Tapejara
Leste: Sananduva e Ibiaça
Oeste: Sertão e Getulio Vargas
Atualmente o município conta com duas Escolas Municipais Nucleadas, Escola Municipal Carmelina Baseggio e Osvaldo Cruz, duas Escolas Estaduais Inglês de Souza na Cidade e Fág Mág na Comunidade Indígena do Ligeiro.
Um dos pontos mais visitados de Charrua é a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, na Cidade Baixa. Construída em 1955, homenageava inicialmente Nossa Senhora de Fátima, e chegou a homenagear também Nossa Senhora do Sagrado Coração. O espaço possui sombra e locais para descanso que são visitados pelos motoristas que passam por ali, além de ter um pequena cascata de água, que proporciona um ambiente aconchegante e de aproximação com a natureza para aqueles que ali vão deixar suas preces.
A ECONOMIA AGRÍCOLA IMPULSIONA O MINICÍPIO
A diversificação agrícola existente na Cidade proporciona a Charrua uma melhor possibilidade de desenvolvimento através do setor agrícola. Para tanto a população recebe incentivos e programas na área da agricultura, como bacia leiteira, patrulha agrícola, reflorestamento e saneamento básico rural.
90% da economia gerada no município vem deste setor, portanto para se pensar em desenvolvimento não se pode deixar de lado o que a cidade produz.
A reivindicação do asfalto para a RS-475 veio da necessidade de ter um ligamento asfáltico que traga benefícios para o desenvolvimento e integração entre as regiões do Alto Uruguai e Nordeste do Estado. Há vários anos a comunidade luta por este benefício, pois desta forma o escoamento da produção agrícola bem como a passagem de empresas que não passam por estrada de chão beneficiaria a cidade que não tem acesso asfáltico.